Inovações recentes no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata
O Novembro Azul é o mês eleito para a conscientização do câncer de próstata, cuja estimativa de novos casos é de cerca de 71.740 até 2025, acometendo um a cada seis homens ao longo da vida, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Com números tão relevantes, a doença é alvo de diversos estudos, e tanto diagnóstico quanto tratamento seguem em constante evolução. Confira as principais novidades nesta área.
A agência reguladora dos EUA, FDA (Food and Drug Administration), aprovou o uso da vacina desenvolvida por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para testes clínicos, um avanço importante na área da imunoterapia.
A vacina utiliza células tumorais do próprio paciente para estimular o sistema imunológico, com o objetivo de reduzir a reincidência do câncer de forma personalizada.
Os resultados iniciais da pesquisa são bastante positivos: a imunoterapia demonstrou ser capaz de reduzir a taxa de recorrência do câncer de 37% para 12%, e diminuir a mortalidade dos pacientes tratados de 12,8% para 4,3%.
Os testes devem durar 22 meses, e envolver 230 pacientes para a consolidação dos resultados.
O uso de Inteligência Artificial (IA) também é uma realidade, permitindo análises mais precisas de imagens e dados do paciente, e auxiliando na escolha do melhor tratamento.
Um exemplo é uma pesquisa publicada em 29 de outubro na revista médica Radiology: pesquisadores dos Estados Unidos conseguiram treinar e validar um modelo de IA capaz de identificar e medir lesões agressivas do câncer de próstata.
O modelo foi capaz de identificar e demarcar as bordas de 85% das lesões mais agressivas detectadas por imagem, ajudando na compreensão da gravidade do quadro e na recomendação do tratamento mais adequado.
A terapia-alvo, que emprega medicamentos projetados para interferir em moléculas específicas envolvidas no crescimento, progressão e disseminação do câncer, é outro avanço significativo no tratamento oncológico.
A abordagem é mais precisa e personalizada, e pode ser utilizada em cada vez mais tumores prostáticos.
Já utilizada no país, a cirurgia robótica oferece precisão cirúrgica, além de reduzir efeitos colaterais e acelerar a recuperação do paciente. A intervenção é realizada através de sistemas que permitem precisão milimétrica, replicando os movimentos do cirurgião.
Aprovado recentemente pela Anvisa, o Lutécio 177, um fármaco radioativo, mostrou eficácia no tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático que não respondem bem às abordagens convencionais.
Outro medicamento aprovado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para cobertura obrigatória foi a Abiraterona, também indicado para pacientes com câncer metastático sensível à castração, ou seja, que ainda está crescendo, apesar do uso de agonista de LHRH ou orquiectomia.
Essas são apenas algumas das inovações no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata. Para continuar atualizado sobre temas de saúde e novidades tecnológicas, acompanhe nosso blog e siga-nos nas redes sociais.